quinta-feira, 6 de março de 2014

QUARESMA

O carnaval passou,
A carne fraca se esbaldou,
A festa se alastrou,
A orgia predominou.

E, de repente, tudo acabou.
A quarta-feira de cinzas chegou.
Gosto amargo na boca,
Corpo cansado,
Lábios ressequidos.

Na Igreja Matriz, cinzas na fronte,
Orações suplicantes de perdão,
Desejos de renovação,
Arrependimento pelos excessos cometidos.
Propósito de mudar,
De não retornar à idolatria da fuzarca.

Cinzas na testa,
Lembrando finitude,
Passagem,
Fragilidade e miséria.

Mas, das cinzas, brota esperança.
Esperança prenhe de possibilidades;
Da morte brota vida abundante, vicejante!
Da finitude vem a restauração,
A ressureição...

Nenhum comentário:

Postar um comentário